Presidente do CMS, Nayara Oliveira, lembra que a falta de medicamentos na cidade é um problema crônico que já se arrasta há anos
O fornecimento de medicamentos gratuitos nas Unidades Básicas de Saúde registra um déficit expressivo, segundo balanço divulgado pelo Conselho Municipal de Saúde de Campinas (CMS) na última semana. De acordo com os dados, dos 273 itens ofertados pela Secretaria Municipal de Saúde, 41 estão com o estoque zerado (14,74%) e 32 produtos estão com o volume limitado (11,51%).
Parte dos produtos que estão em escassez no sistema é primordial para o tratamento de algumas doenças, por exemplo, diabetes, pressão alta e asma. O problema afeta a população mais carente, já que o preço da maioria dos remédios que estão indisponíveis no momento é alto, fazendo com que muitas dessas pessoas deixem de usá-los, agravando suas doenças.
Moradora do Jardim Campo Belo, em Campinas, Nazarete Fernandes dos Reis, cuida de uma filha deficiente e enfrenta diversas dificuldades por conta do sistema de saúde da cidade. “Não consigo uma consulta médica há mais de dois anos. Quando ligo para marcar, não tem agenda ou não tem médico disponível. Além disso, há mais de três meses que compro a sertralina para a minha filha, mesmo sem ter condições, já que não tem no posto”, lamenta a moradora, que já fez diversas reclamações na Prefeitura e, segundo ela, não obteve qualquer resposta.
Em nota, a Prefeitura de Campinas ressaltou que a lista de medicamentos do SUS da cidade é uma das mais completas do país e que está agilizando licitações para restabelecer os estoques com a maior rapidez possível, e que a reposição da maioria dos itens está programada para os próximos 40 dias.
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