Prefeitura quer repassar a gestão da unidade do Campo Grande a entidade contratada
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Campo Grande será terceirizada pela Prefeitura para solucionar o déficit de atendimento a um contingente estimado em 14 mil pessoas por mês. A decisão está gerando críticas por parte de representantes do Conselho Municipal de Saúde (CMS), militantes em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), movimentos populares e usuários da unidade. A UPA enfrenta queixas da população há mais de três anos por causa da falta de médicos e da demora no atendimento.
Nayara Oliveira, presidente do CMS, disse que a medida sucateia o atendimento do SUS e deixa os profissionais da UPA em situação incerta. Segundo ela, o CMS, junto com o Conselho Local de Saúde da UPA e com o Conselho Distrital de Saúde Noroeste, acompanham com receio a situação desta e de outras unidades de saúde. "Várias delas estão sendo precarizadas desde a criação da Rede Mário Gatti pelo governo anterior. O processo tem sido mantido pela gestão atual. A criação da RMG piorou o atendimento", sustentou.
Prefeitura
Por meio de nota, a Prefeitura informou que várias medidas, como a realização de concurso público, a cessão de servidores e contratação de temporários foram adotadas para enfrentar a falta de funcionários na UPA. A Administração alegou que o cenário, entretanto, não foi solucionado. Conforme a nota, a unidade tem atualmente 102 profissionais: 36 médicos, 16 enfermeiros, 50 técnicos de enfermagem. Tal contingente, segundo a Prefeitura, não é suficiente para atender a demanda.
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