Saúde organiza fila de cirurgia eletiva

Prefeitura fará levantamento da demanda reprimida na pandemia para planejar o atendimento

espera por cirurgiaA Prefeitura de Campinas fará um levantamento para saber qual é a real demanda de cirurgias eletivas no município. O objetivo é realizar os procedimentos que foram suspensos durante a pandemia, devido à prioridade dada aos casos da covid-19. Segundo a Administração, a fila de espera deverá ser formada até o final deste ano. De acordo com o secretário de Saúde, Lair Zambon, a expectativa é a de que em 30 dias o projeto esteja pronto, para que as metas de atendimento possam ser estabelecidas.

Segundo a presidenta do Conselho Municipal de Saúde (CMS) de Campinas, Nayara Oliveira, a demanda reprimida de especialidades médicas, como cirurgias, consultas e exames, é um dos principais problemas da saúde pública do município. "Antes da pandemia, esse problema já exista. A situação apenas agravou-se desde 2020", declarou. A presidenta informou que a tendência é a de que o cenário piore ainda mais neste momento, por causa dos atendimentos pós-covid, que demandam o suporte das especialidades médicas. "Tem casos em que pessoas aguardam anos na fila para realizar a cirurgia", ressaltou.

Espera dolorosa

O representante comercial, Washington Luis Rodrigues, 47 anos, sofreu uma queda enquanto concertava o telhado de sua casa, em março de 2015. Ele fraturou o tornozelo esquerdo e precisou realizar uma cirurgia, na época. Depois que o procedimento foi concluído, Rodrigues fez dois tipos de tratamento. Ambos tiveram bons resultados nos dois primeiros meses, mas depois desse período ele começou a sentir muita dor. Por isso, o médico que o acompanha recomendou a realização de uma segunda cirurgia. A indicação ocorreu no início da pandemia.

Há mais de um ano Rodrigues aguarda para ser atendido. "Enquanto espero preciso conviver com a dor insuportável. Tem dias que não consigo andar", contou. De acordo com o representante comercial, a previsão é a de que a cirurgia ocorra daqui, pelo menos, um ano. "O médico me alertou que, atualmente, a fila de espera está gigantesca e por isso não serei chamado logo. Enquanto isso, não tenho o que fazer a não ser aguardar", lamentou.

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